A campanha internacional #Forests4Food, organizada pela Ação da Cidadania em parceria com o SDG2 Advocacy Hub, ampliou sua mobilização com o lançamento de uma petição global que pede avanços concretos na Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP30). A conferência será realizada em novembro de 2025, em Belém, no Pará, e reunirá líderes mundiais para debater estratégias de enfrentamento à crise climática.
A petição, disponível no site, busca reunir assinaturas de cidadãos, organizações sociais, governos e artistas para pressionar por políticas públicas que integrem a preservação de florestas e sistemas alimentares sustentáveis. Segundo os organizadores, a proposta é estimular o debate sobre a relação entre o uso da terra, a produção de alimentos e o equilíbrio ambiental.
O DJ e produtor musical Alok, que apoia a iniciativa, destacou em vídeo da campanha os vínculos entre a floresta em pé e a segurança alimentar. “Você já parou para pensar que a comida do seu prato depende da floresta estar viva? Que sem floresta de pé não tem chuva, sem água não tem alimento saudável e sem alimento não tem justiça social para todos”, afirmou.

Ele também ressaltou a necessidade de mudanças nos sistemas de produção. “Hoje precisamos transformar e ressignificar o jeito que a comida é produzida, incluindo o uso mais adequado da terra e a preservação do meio ambiente”, disse Alok. Para o artista, a COP30 representa um momento estratégico para discutir o tema. “Em novembro, líderes do mundo inteiro vão se reunir em Belém do Pará. É uma oportunidade única de colocar a alimentação e a preservação das florestas em uma mesma luta por direitos”, completou.
Além do vídeo com participação de Alok, a campanha ganhou visibilidade internacional durante a London Climate Action Week, com projeções de frases e imagens em pontos turísticos da capital inglesa. As mensagens foram exibidas na Tower Bridge e no Tate Museum, destacando o lema “Sem floresta, sem água. Sem água, sem comida. E sem comida, não há futuro”, para alertar sobre a relação entre desmatamento, crise hídrica e produção de alimentos.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas, mais de 733 milhões de pessoas no mundo vivem em situação de fome. Especialistas apontam que práticas como o desmatamento, a monocultura intensiva e o uso excessivo de agrotóxicos prejudicam o solo, a água e a biodiversidade, agravando os desafios para garantir alimentação suficiente e de qualidade.
A Ação da Cidadania considera que o Brasil, como país anfitrião da COP30, ocupa posição importante no debate internacional. A organização argumenta que o evento é uma oportunidade para discutir compromissos que articulem segurança alimentar, justiça climática e proteção ambiental. Em nota, a instituição destaca que as florestas ajudam a regular o ciclo das chuvas, protegem os solos e abrigam espécies essenciais à produção de alimentos.
Conforme os organizadores da campanha, agricultores familiares e comunidades tradicionais, que respondem por parte significativa do abastecimento alimentar, estão entre os grupos mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas. A petição online busca reunir diferentes setores para construir uma agenda comum que integre preservação ambiental e sistemas alimentares sustentáveis, com atenção à proteção social e à redução das desigualdades.
A mobilização pretende estimular governos a incluir esses temas nos acordos que deverão ser debatidos e aprovados durante a COP30, com ênfase na necessidade de políticas públicas integradas. Para os organizadores, o objetivo é garantir que a preservação das florestas e o acesso à alimentação sejam reconhecidos como componentes de um mesmo desafio global.

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