Quaest: 46% dos deputados federais avaliam negativamente o governo Lula; 27% aprovam

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve a pior avaliação desde o início do mandato entre os deputados federais, de acordo com a pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (2): 46% avaliam a gestão negativamente. No estudo publicado em maio deste ano, eram 42%. Já em agosto de 2023, 33%.

Entre os parlamentares que avaliam o governo de forma positiva, estão 27%, ante 32% de maio e 35% de agosto do primeiro ano da gestão (uma diminuição de oito pontos). Hoje, para 24%, o desempenho do governo é regular, enquanto 3% não souberam ou não responderam. A margem de erro é de 4,5 pontos para mais ou menos.

No total, foram entrevistados 203 deputados, o equivalente a 40% da composição da Câmara, entre os dias 7 de maio e 30 de junho de 2025. A amostra da pesquisa, encomendada pelo banco Genial Investimentos, foi selecionada seguindo os critérios de região geográfica e orientação ideológica dos partidos. 

Avaliação por orientação ideológica e partidária

A avaliação negativa do governo Lula cresceu especialmente entre os deputados federais que se declaram independentes, ou seja, aqueles que não integram qualquer grupo parlamentar. Nesse grupo, a reprovação subiu 24 pontos em dois anos, saindo de 20% em 2023 para 44% em 2025. No mesmo período, a avaliação positiva caiu de 18% para 8%, enquanto a percepção de que o governo é “regular” diminuiu de 59% para 44%.

Entre os deputados que se identificam como parte da base governista, 71% avaliam positivamente o governo Lula, o que representa uma leve queda em relação aos 74% registrados em 2023. A avaliação negativa nesse grupo passou de 3% para 2%. Já entre os parlamentares da oposição, nenhum considera o governo positivo: 96% o avaliam negativamente, ante 94% no ano passado.

A partir do recorte ideológico, 84% dos deputados que se identificam com a esquerda avaliam positivamente o governo Lula, 16% o consideram regular e nenhum classificou a gestão como negativa.  Entre os parlamentares de direita, 86% reprovam o governo, 10% o classificam como regular e 2% têm avaliação positiva. Já entre os que se dizem de centro, a maioria (53%) considera a gestão regular, 24% avaliam negativamente e 23%, positivamente.

Temas prioritários e preteridos

A pesquisa também trouxe dados sobre as pautas que são prioritárias e preteridas pelos deputados federais. A exclusão das receitas próprias do Judiciário do teto de gastos do arcabouço fiscal e o fim da escala 6×1 lideram o ranking, com 70% de cada. Na sequência, aparece o Projeto de Lei que acaba com os supersalários, rejeitado por 53% dos parlamentares.

O projeto que acaba com a jornada de seis dias não tem maioria nem mesmo nos deputados de esquerda, onde nasceu a proposta: com 49% favoráveis e 49% contrários; 2% não souberam ou não responderam. Entre os deputados de direita, a rejeição vai a 88%, com 10% de apoio. A parcela dos que não sabem ou não responderam é de 2%. No centro, o apoio cai para 27%, e a rejeição à pauta fica em 70%; outros 3% não souberam ou não responderam. 

Entre as pautas com maior apoio, estão a elevação da faixa de isenção do Imposto de Renda (88%), a exploração do petróleo da Amazônia (83%) e o aumento das penas para roubos (76%).

O post Quaest: 46% dos deputados federais avaliam negativamente o governo Lula; 27% aprovam apareceu primeiro em Brasil de Fato.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.