Em ato no Rio, militância do MST cobra avanços na Reforma Agrária ‘para alimentar o Brasil’

No dia seguinte da divulgação de uma carta aberta à sociedade brasileira na qual denuncia a estagnação da Reforma Agrária, a militância do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realiza atos em diversas cidades do país com o lema “para o Brasil alimentar, Reforma Agrária Popular”. 

A mobilização no Rio de Janeiro teve início na manhã nesta terça-feira (22), com um ato na calçada da Av. Presidente Vargas, a mais movimentada da região central, em frente à sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). 

Cerca de 300 trabalhadores rurais de acampamentos e assentamentos organizados pelo MST no estado do Rio participaram do protesto. Ao Brasil de Fato, Cristiano Meirelles, da direção estadual do movimento, relatou que o sentimento das famílias no campo é de preocupação com o abandono das políticas de Reforma Agrária. 

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“Aqui no Rio estamos muito mobilizados e preocupados por conta da morosidade do Incra no processo da Reforma Agrária em todos os aspectos. Não conseguimos assentar nenhuma família nos três anos de governo Lula, não conseguimos avançar nos assentamentos nem na conquista de terras no estado”, disse.

Segundo Meirelles, há mais de mil famílias acampadas no estado do Rio que aguardam processos de regularização fundiária para serem assentadas. No final da manhã desta terça (22), a militância foi recebida na sede do Incra para apresentar as demandas específicas do estado. 

“Há um processo de muito desgaste das famílias acampadas e assentadas com a implementação do que deveria ser a Reforma Agrária. Não temos mais condição de permanecer no campo sem nos mobilizar para garantir que a gente consiga avançar. Está um caos total”, constatou o dirigente.

Em todo país, os atos do MST ocorrem na chamada Semana Camponesa, realizada em alusão ao Dia do Trabalhador e da Trabalhadora Rural, celebrado nesta semana, em 25 de julho. A principal reivindicação para o governo Lula é retomar a política de distribuição de terras e produção de alimento saudável por meio da Reforma Agrária.

Entre outros pontos, a carta denuncia a lentidão de órgãos do governo federal na execução de políticas públicas. O MST também aponta falta de recursos e estrutura para programas como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

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