Pré-candidato ao Senado, Callegari vai deixar o PL

Callegari (foto: Ales)

Pré-candidato ao Senado nas eleições do ano que vem, o deputado estadual Wellington Callegari (PL) está de malas prontas para trocar de abrigo partidário. Ele vai se desfiliar do PL, com o aval da presidência estadual do partido.

A carta de anuência para que Callegari deixe a legenda, sem correr o risco de perder o mandato por infidelidade partidária, deve ser assinada nos próximos dias.

O deputado disse que o senador Magno Malta, presidente do PL no Estado, se comprometeu a liberá-lo. “Recebi a liberação para deixar o partido. A carta não foi assinada ainda, mas tenho a palavra do senador Magno Malta”, disse Callegari.

A assessoria de imprensa do PL também confirmou a saída do deputado que, no último domingo (03), participou da manifestação pró-Bolsonaro convocada por Magno Malta. Callegari subiu no trio e até discursou durante o ato.

Filiado ao PL desde abril de 2020 e presidente do diretório de Cachoeiro de Itapemirim, o deputado não revelou os motivos de deixar a legenda.

Nos bastidores, porém, ele estaria sem espaço no partido para concorrer ao Senado, uma vez que Magno Malta já anunciou que sua filha, Maguinha Malta, é quem disputará a cadeira majoritária pelo PL.

Em abril, durante um evento do PL no Estado, Magno Malta fez o anúncio, na presença de Callegari: “Maguinha, certamente, ficará com o meu número, o 222, que representa o meu legado”, disse Magno na ocasião – 222 foi o número de urna pelo qual Magno Malta se elegeu.

Como o PL – e os demais partidos – não pretendem ter dois nomes disputando as duas cadeiras de Senado que estarão em jogo e Callegari não quer arredar o pé da disputa, ele resolveu sair.

Callegari durante manifestação no último domingo (foto: divulgação)

Mistério

Questionado para qual legenda iria, Callegari fez mistério: “Amanhã (06) eu revelo. Não vou ficar muito tempo sem partido”, afirmou à coluna De Olho no Poder.

Uma das legendas que ele estaria conversando seria Democracia Cristã, presidida no Estado por Marcos Caran. O dirigente disse que não há nenhuma negociação em andamento, mas que “seria uma honra” se Callegari migrasse para a sigla.

O deputado tem rodado o Estado para tentar viabilizar o nome para a disputa. Uma das estratégias tem sido a promoção de debates com lideranças políticas e empresariais por meio da Comissão de Cooperativismo da Assembleia Legislativa, presidida por ele.

Em tempo: Em 2022 o PL elegeu cinco deputados estaduais e se tornou a maior bancada da Assembleia Legislativa. No ano passado, o partido perdeu Zé Preto, que foi para o PP, e agora perde Callegari.

A maior bancada hoje na Ales é a do Republicanos, que com a entrada de Pablo Muribeca no ano passado, passou a ocupar cinco cadeiras.

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