
Feira de Santana inicia, nos próximos dias, a fase de testes de um ônibus elétrico da fabricante Higer, representada no Brasil pela empresa TEVX. O veículo foi trazido pela Empresa São João, que se prontificou a realizar a experiência no município.

De acordo com o secretário de Mobilidade Urbana, Sérgio Carneiro, o objetivo é avaliar o desempenho do veículo nas condições locais.

“Vamos observar como ele se adapta ao nosso piso, ao tempo de carregamento e ao comportamento nas linhas urbanas. É um veículo silencioso, menos poluente e que pode representar um avanço importante para a mobilidade da cidade. Agradecemos à São João por recepcionar esse ônibus” destacou ao Acorda Cidade.

O secretário adiantou que a primeira linha a ser contemplada será a Terminal Central–Jardim Brasil, a maior do perímetro urbano. A expectativa é de que o ônibus também faça uma viagem inaugural ao Parque da Cidade, atendendo a um pedido do prefeito José Ronaldo. Há ainda negociações para que o veículo permaneça na cidade até a Expofeira.

Segundo o administrador da empresa São João, Abel Soares, a iniciativa está alinhada ao movimento nacional pela mobilidade sustentável.

“Estamos acompanhando fóruns e congressos de transporte. Todo o país tem realizado testes, que são fundamentais para habilitar a operação e permitir que as montadoras façam ajustes técnicos. Trazemos esse ônibus para Feira justamente para entrar nesse contexto de modernização”, explicou.

Nos primeiros dias, os motoristas passarão por treinamento para se adaptar às tecnologias embarcadas. A operação será iniciada na linha da Getúlio Vargas até o Jardim Brasil e, em seguida, poderá ser expandida para outros trechos, como as linhas Feira IX e Feira X.

Ao Acorda Cidade, o administrador informou que o ônibus elétrico possui capacidade para 78 passageiros, é equipado com suspensão a ar e piso baixo, que facilita o embarque. Além disso, oferece ar-condicionado de última geração, funcionamento totalmente silencioso e zero emissão de poluentes.

Com autonomia de até 300 km por recarga e tempo estimado de 4 a 5 horas para abastecimento completo, o veículo pode operar durante todo o dia e retornar à garagem apenas no início da noite.

Ainda segundo Abel Soares, o investimento em um modelo como esse gira em torno de R$ 3 milhões. A expectativa é de que, no futuro, programas federais de incentivo à descarbonização do transporte coletivo possam viabilizar créditos para facilitar a aquisição.

“O conceito de operação também é diferente. Enquanto os ônibus a combustão são mecânicos, esse modelo elétrico possui comandos eletrônicos mais simples, exigindo adaptação dos motoristas”, acrescentou Abel.

A ideia inicial prevê que o veículo permaneça em Feira de Santana por 20 a 25 dias. Durante esse período, relatórios técnicos serão elaborados e encaminhados à Prefeitura, que avaliará a possibilidade de investimentos futuros em mobilidade elétrica.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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