MP cobra ações da prefeitura de Igarapé Miri, no Pará, após chacina de cães na Vila Maiauatá


Promotoria recomenda criação de centro de acolhimento, campanhas educativas e projeto de lei sobre a causa animal. O caso é investigado pela Polícia Civil Autoridades e grupos de proteção animal acompanham o caso.
Reprodução/TV Liberal
Após a morte de cães por suspeita de envenenamento na comunidade de Vila Maiuatá, no município de Igarapé-Miri, nordeste do Pará, o Ministério Público do Estado emitiu uma recomendação ao Poder Executivo Municipal cobrando medidas urgentes e permanentes para o controle ético da população de cães e gatos na região.
A Recomendação nº 13/2025 foi assinada pelos promotores de Justiça Harrison Bezerra e Felipe Vasconcelos, e foi resultado de uma reunião realizada no dia 28 de maio com representantes da sociedade civil e da prefeitura.
A denúncia ocorreu em maio deste ano e segundo moradores os cães ainda chegaram a ser encontrados com vida, em diferentes pontos da comunidade. Porém não resistiram e o caso gerou revolta entre a população, que afirma ser a primeira vez que um ataque desse tipo acontece na localidade.
No dia 30 de abril, o MPPA abriu uma investigação para apurar a morte dos animais. O caso também está sendo investigado pela Polícia Civil.
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Na terça-feira (03), a Delegacia Especializada no Meio Ambiente e Proteção Animal (DEMAPA), comandada pelo delegado Leandro Lima, cumpriu duas medidas cautelares na comunidade. As ações contaram com apoio do Ministério Público, que se manifestou favorável às diligências.
A recomendação do MP orienta a prefeitura a desenvolver um plano permanente de controle populacional de cães e gatos. Entre as medidas propostas estão:
Criação de um centro municipal de acolhimento e tratamento de animais;
Campanhas educativas sobre guarda responsável e combate aos maus-tratos;
Instalação de placas informativas em locais públicos;
Elaboração de um projeto de lei específico sobre a causa animal
No mesmo dia da reunião, o promotor Harrison Bezerra, acompanhado da médica veterinária Maria do Carmo Andion Farias, realizou uma vistoria técnica na comunidade de Vila Maiuatá, onde os cães foram encontrados mortos.
O encontro teve como objetivo discutir as políticas públicas de proteção animal no município, incluindo o funcionamento do castramóvel enviado pelo Governo do Estado.
Os promotores informaram que as investigações continuam, com diligências em andamento para identificar os responsáveis pelo massacre dos cães.
Polícia investiga morte de cães em Igarapé-Miri
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