
De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o primeiro semestre do ano de 2025 registrou aumento nas contratações de pessoas com idade entre 50 e 64 anos, em Feira de Santana.
A crescente chamou atenção porque no mesmo período em 2024, o saldo foi negativo, com 170 pessoas da faixa etária sendo desligadas das empresas.
Para o diretor da Casa do Trabalhador, Magno Felzemburgh foi uma surpresa o balanço que indicou 138 contratações nos primeiros seis meses do ano.

“Nesse fechamento me chamou muita atenção justamente a faixa etária entre 50 e 64 anos. Além de ter trocado o sinal do negativo para o positivo, o saldo positivo nessa faixa etária equivale às outras idades, com exceção de 18 a 24, que realmente supera muito o saldo positivo em relação a todas as outras faixas etárias.”
Para Magno, uma das motivações para esse saldo positivo tem a ver com o constante crescimento da expectativa de vida no Brasil, que vem acompanhado por estilos de vida mais ativos com o avanço da idade.
“A gente percebe há muito tempo que a expectativa de vida do brasileiro está sempre avançando. Apesar de a gente ver as notícias ruins de doenças, o brasileiro está vivendo mais e está conseguindo chegar nessa idade com mais saúde.”
Além da experiência profissional e de vida, um outro fator que pode influenciar os contratantes a apostarem nos profissionais mais velhos, são as novas expectativas profissionais do público mais jovem, que tem preferido trabalhos mais flexíveis.
“Apesar de ser a geração que mais emprega [18 à 24 anos], você observa uma geração nova que às vezes não quer ter carteira assinada. Quer ser MEI, ele quer ter uma atividade autônoma, porque não está afim de ter uma relação de regra, de horário. Então você percebe realmente uma mudança nessas relações de trabalho.”
O diretor acredita que a maturidade profissional agrega também às empresas e que a geração 50+ trará outras perspectivas para o ambiente de trabalho.
“Eu acho que não é nem só experiência de carteira assinada, é de vida. Então a gente compreende que o empresário, o comerciante, o setor econômico da cidade está observando que essa faixa etária contribui muito com o desenvolvimento econômico em nossa cidade, no exercício da função.”
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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