Na tarde desta sexta-feira (15), a Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana realizou o primeiro encontro voltado a donos de mercadinhos, açougues e outros estabelecimentos para orientar sobre boas práticas de higiene e manipulação de alimentos. O evento, promovido pela Vigilância Sanitária, aconteceu no auditório da Secretaria e marcou o início de uma nova abordagem: educar e orientar antes de punir.
“A nossa ideia é que a vigilância sanitária seja vista pela população e os empreendedores, empresários, como uma aliada que preserva a saúde das pessoas, que orienta mais do que pune. Até porque se a gente educa, a gente não precisa punir”, declarou o secretário de Saúde, Rodrigo Mattos.
A reunião contou com a presença de diversos representantes do setor comercial de alimentos da cidade. Foram abordados temas como higienização correta dos ambientes, armazenamento adequado, controle de temperatura para conservação de alimentos e a documentação necessária para que os estabelecimentos estejam regulares junto aos órgãos de fiscalização.
Ao Acorda Cidade, o secretário disse que o objetivo é evitar práticas inadequadas que possam representar riscos à saúde da população, promovendo informação e conhecimento técnico para os comerciantes. Para ele, muitos erros cometidos por comerciantes ocorrem não por má-fé, mas por falta de conhecimento de muitos que começam a empreender e não possuem a formação adequada.
“Não tenho dúvida alguma que muitas práticas que são inadequadas e que geram risco para a saúde são realizadas não porque essas pessoas querem, mas muitas vezes porque elas não têm conhecimento de como é que deveria fazer correto. Então esse é o papel do poder público.”
A proposta da gestão é transformar a imagem da Vigilância Sanitária, passando de um órgão fiscalizador para uma instituição que colabora com o desenvolvimento e regularização do comércio local, sem abrir mão da responsabilização legal quando necessário.
“A gente não pode ter um papel de carrasco, a gente não pode ter um papel de simplesmente punir as pessoas se a gente não se presta ao papel mais importante que é de educar as pessoas, de tratar as pessoas com respeito. Valorizar que muitos representantes que estão aqui de açougues e mercadinhos geram emprego, geram renda, e essa renda gera impostos. Esses impostos é que financiam também o Sistema Único de Saúde. Então as coisas estão imbricadas. A economia é um grande determinante social da saúde.”
Sobre as condições estruturais dos comércios da cidade, o secretário reconheceu que há realidades diferentes, mas reforçou que a prioridade continua sendo o trabalho de orientação.
“Se a gente orienta, educa e mesmo assim um estabelecimento específico ou outro não cumpre as normas sanitárias, nossa obrigação é sim fazer as medidas que são colocadas em lei e punir esse estabelecimento para proteger a vida e preservar a saúde. Mas o foco aqui é educar, é orientar para não precisar punir a grande maioria das pessoas.”
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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